Religião:
Originada na Arábia e
baseada nos ensinamentos de Maomé (mais conhecido como “O Profeta”), o islã é
uma das religiões predominantes da história da humanidade, dos árabes, e
constitui-se universal e primordial, segundo o Alcorão (livro sagrado para tal
religião). Em seus primórdios, seus constituintes eram politeístas e existia
uma antiga tradição do monoteísmo, que se tornou uma matéria central para o
islã.
Os muçulmanos, assim
chamados por aqueles que se tornavam discípulos de Maomé, têm um local próprio
para o centro de sua crença, denominado “Meca”, o qual, todos deveriam
visitá-lo pelo menos uma vez em sua vida, dando continuidade à tradição e realizando
seus devidos rituais, como por exemplo, a proibição do consumo de álcool e
carne de porco.
O Alcorão e a Sunna (comportamento
e práticas do Profeta), eram as principais fontes para suas doutrinas e
práticas, sendo infalíveis e providas da divindade. O livro sagrado, ainda sim,
permite diversas interpretações sobre si, entre elas, a do povo Xiita que acaba
se diferindo radicalmente do povo Semita. Já outros afirmam que o Alcorão, está
em desacordo com muitas ideias da ciência moderna.
Devido a tradução das obras
filosóficas gregas para os povos árabes, nos séculos VIII e IX, a razão e a
lógica rigorosa eram ressaltadas e logo criou- se a primeira escola de teologia
islâmica, conhecida como Mutazilita, sendo os primeiros muçulmanos a adotarem
poucos métodos filosóficos gregos para difundirem suas ideias. A
filosofia social destes, baseia-se na crença de que todas as esferas da vida
constituem uma unidade indivisível que deve estar imbuída dos valores
islâmicos. Assim, servindo como impulso a alguns movimentos filosóficos
islâmicos.
No
que se refere à prática islâmica, temos os “Pilares do Islã”:
- Profissão da fé ou testemunho;
- Cinco orações diárias. Durante a oração, os muçulmanos olham em direção à Caaba, em Meca (Makka). Antes de cada oração comunitária, é feita uma chamada pública, pelo muezim, a partir do minarete da mesquita;
- Pagar o zakat (óbolo), instituído por Maomé;
- Jejum no mês de Ramadã;
- Peregrinação à Caaba, em Meca. Todo muçulmano adulto, capacitado fisicamente e dotado de bens suficientes, deve realizá-la pelo menos uma vez na vida.
Politica:
O surgimento do Império Árabe está ligado ao
nascimento do islamismo. A Arábia era formada por diversas tribos, costumes e
crenças. Maomé, ao criar o islamismo, decidiu realizar a união dessas tribos,
tornando-se o chefe religioso e político dessa região. Assim, o mundo árabe
seria constituído por 22 países e territórios, abrangendo o Norte da África e a
Ásia Ocidental.
Igual a muitos outros países não a como falar
da política árabe sem falar sobre religião, pois a política árabe vem sendo
construída e mantidas em cima desses dois pilares. Mesmo cada região tendo sua
forma de governo diferenciada a religião continua quase imutável desde a
colonização dos muçulmanos nesses territórios.
O Mundo Árabe compreende atualmente 8
monarquias e 13 repúblicas. As monarquias (com exceção da Jordânia, que possui
um regime razoavelmente democrático) são todas autoritárias, tendo na Arábia
Saudita seu modelo mais extremado. Das repúblicas, o Líbano constituía um
modelo de democracia, mas esse quadro foi alterado após uma sangrenta guerra
civil que se prolongou de 1975 a 1990. As demais repúblicas são todas
autoritárias ou mesmo abertamente ditatoriais, sendo que a Somália, desde 1991,
não tem uma autoridade nacional estruturada.
Dessa maneira, os Estados árabes
caracterizam-se pelos seus governos autocráticos, ocorrendo protestos populares
nos anos de 2010 e 2011, os quais ficaram conhecidos como Primavera Árabe. Alguns
países alcançaram o objetivo de obterem melhores direitos democráticos.
Contudo, outros acabaram sendo entregues às guerras civis entre facções, o que
gerou uma falência econômica.
A guerra civil da síria e o principal conflito no mundo árabe que tiveram início em março de 2011, se transformaram em guerra civil e já fizeram milhares de mortos e outros milhões de refugiados, sem acesso a alimentos e remédios. O levante contra o regime de Bashar al-Assad teve início em 15 de março de 2011, durante a insurreição da Primavera Árabe. Países como Tunísia, Líbia e Egito se revoltaram contra os governos de seus países. O levante começou pacífico nos primeiros quatro meses, mas, a partir de agosto, manifestantes fortemente reprimidos passaram a recorrer à luta armada. De acordo com o Observatório Sírio para os Direitos Humanos, do início dos conflitos até março de 2014, mais de 140 mil pessoas já morreram. Entre os mortos estão mais de 7 mil mulheres.
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