9 de nov. de 2016

Mundo Árabe: Religião e Política



Religião:

Originada na Arábia e baseada nos ensinamentos de Maomé (mais conhecido como “O Profeta”), o islã é uma das religiões predominantes da história da humanidade, dos árabes, e constitui-se universal e primordial, segundo o Alcorão (livro sagrado para tal religião). Em seus primórdios, seus constituintes eram politeístas e existia uma antiga tradição do monoteísmo, que se tornou uma matéria central para o islã.
Os muçulmanos, assim chamados por aqueles que se tornavam discípulos de Maomé, têm um local próprio para o centro de sua crença, denominado “Meca”, o qual, todos deveriam visitá-lo pelo menos uma vez em sua vida, dando continuidade à tradição e realizando seus devidos rituais, como por exemplo, a proibição do consumo de álcool e carne de porco.
O Alcorão e a Sunna (comportamento e práticas do Profeta), eram as principais fontes para suas doutrinas e práticas, sendo infalíveis e providas da divindade. O livro sagrado, ainda sim, permite diversas interpretações sobre si, entre elas, a do povo Xiita que acaba se diferindo radicalmente do povo Semita. Já outros afirmam que o Alcorão, está em desacordo com muitas ideias da ciência moderna.
Devido a tradução das obras filosóficas gregas para os povos árabes, nos séculos VIII e IX, a razão e a lógica rigorosa eram ressaltadas e logo criou- se a primeira escola de teologia islâmica, conhecida como Mutazilita, sendo os primeiros muçulmanos a adotarem poucos métodos filosóficos gregos para difundirem suas ideias. A filosofia social destes, baseia-se na crença de que todas as esferas da vida constituem uma unidade indivisível que deve estar imbuída dos valores islâmicos. Assim, servindo como impulso a alguns movimentos filosóficos islâmicos.
No que se refere à prática islâmica, temos os “Pilares do Islã”:

  1. Profissão da fé ou testemunho;
  2.    Cinco orações diárias. Durante a oração, os muçulmanos olham em direção à Caaba, em Meca (Makka). Antes de cada oração comunitária, é feita uma chamada pública, pelo muezim, a partir do minarete da mesquita;
  3.  Pagar o zakat (óbolo), instituído por Maomé;
  4.  Jejum no mês de Ramadã;
  5.  Peregrinação à Caaba, em Meca. Todo muçulmano adulto, capacitado fisicamente e dotado de bens suficientes, deve realizá-la pelo menos uma vez na vida. 

Politica:

O surgimento do Império Árabe está ligado ao nascimento do islamismo. A Arábia era formada por diversas tribos, costumes e crenças. Maomé, ao criar o islamismo, decidiu realizar a união dessas tribos, tornando-se o chefe religioso e político dessa região. Assim, o mundo árabe seria constituído por 22 países e territórios, abrangendo o Norte da África e a Ásia Ocidental.

Igual a muitos outros países não a como falar da política árabe sem falar sobre religião, pois a política árabe vem sendo construída e mantidas em cima desses dois pilares. Mesmo cada região tendo sua forma de governo diferenciada a religião continua quase imutável desde a colonização dos muçulmanos nesses territórios.

O Mundo Árabe compreende atualmente 8 monarquias e 13 repúblicas. As monarquias (com exceção da Jordânia, que possui um regime razoavelmente democrático) são todas autoritárias, tendo na Arábia Saudita seu modelo mais extremado. Das repúblicas, o Líbano constituía um modelo de democracia, mas esse quadro foi alterado após uma sangrenta guerra civil que se prolongou de 1975 a 1990. As demais repúblicas são todas autoritárias ou mesmo abertamente ditatoriais, sendo que a Somália, desde 1991, não tem uma autoridade nacional estruturada.

Dessa maneira, os Estados árabes caracterizam-se pelos seus governos autocráticos, ocorrendo protestos populares nos anos de 2010 e 2011, os quais ficaram conhecidos como Primavera Árabe. Alguns países alcançaram o objetivo de obterem melhores direitos democráticos. Contudo, outros acabaram sendo entregues às guerras civis entre facções, o que gerou uma falência econômica.

A guerra civil da síria e o principal conflito no mundo árabe que tiveram início em março de 2011, se transformaram em guerra civil e já fizeram milhares de mortos e outros milhões de refugiados, sem acesso a alimentos e remédios. O levante contra o regime de Bashar al-Assad teve início em 15 de março de 2011, durante a insurreição da Primavera Árabe. Países como Tunísia, Líbia e Egito se revoltaram contra os governos de seus países. O levante começou pacífico nos primeiros quatro meses, mas, a partir de agosto, manifestantes fortemente reprimidos passaram a recorrer à luta armada. De acordo com o Observatório Sírio para os Direitos Humanos, do início dos conflitos até março de 2014, mais de 140 mil pessoas já morreram. Entre os mortos estão mais de  7 mil mulheres.


criança encontra soterrada. 


ataca de caças-bombardeiro no oriente médio. 
 conflitos até março de 2014, mais de 140 mil pessoas

Um comentário:

  1. Ok galera! Muito bacana. Podiam ter colocado algum vídeo. Temos atualmente quantidade imensa de conteúdo bacana sobre o assunto.

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